Tenho
percebido constantemente o movimento do “politicamente correto”. Para muitos,
concordar com tal postura significa entrar no mundo dos devotos do
desprendimento (lassez faire, lassez passer?) e dos despojados de crendices. A
verdade é que nunca antes na história algo se tornou tão chato...
Pelo
aperfeiçoamento da raça humana, tudo se torna preconceito. Tudo se torna um
movimento social, uma nova tendência, algo mais “descolado”. Espontaneidade
nula. Tudo deve estar dentro dos conformes dos preceitos do corretismo. Fruto
um tanto apodrecido de nossa (pós-?)modernidade, é como se devêssemos acolher o
novo (não fazê-lo seria preconceito) só por acolhê-lo – pois, mais vale mudar
de ideia do que permanecer com a mesma. Diriam: não, isso é conservadorismo...
Fato é
que aderir a esse movimento significa, dentre outras coisas, não aceitar a
existência do “politicamente incorreto”. Bom, digo o seguinte para os
politicamente corretos: isso é intolerância – coincidentemente o que dizem
combater. Vejam Seinfeld ou leiam Luiz Felipe Pondé e terão uma mostra da ética
do politicamente incorreto.
Seja criticar Mark Twain, o vocábulo “cigano” no
Houaiss ou “A Divina Comédia”, a limitação de suas leituras a racismo e
homofobia só significam uma coisa: limitação de horizontes.
2 comentários:
Grande postagem Brunão!!! Ganhou um grande amigo como seguidor... mas não fica tanto tempo sem aparecer!!! Parabéns... abração, Alê (www.pelomelhordavida.blogspot.com)
Na mosca, ou "nas moscas", pois concordo em tudo que você disse, sem tirar nem por. (Ora, "sem tirar nem por" ou "tirar e por", ou até em épocas de gerundismo, "tirando e pondo", eu seria politicamente correto ou politicamente incorreto?)
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