sábado, junho 25, 2011

A arte e o frescor de vida

Fui tocado hoje, de novo, por Woody Allen. Seu último filme, Midnight in Paris, tem um quê de fantasioso que o faz delicioso de assistir.
De início, não é à toa que um dos cartazes de promoção do filme tem como fundo Noite estrelada, de Vincent van Gogh. É do encanto que essa obra promove à vista que talvez consigamos entender, antes de assistir ao filme, que se trata de uma noite vivida e sentida por um corpo embebido de um lema foucaultiano: tornar-se um verdadeiro autor e tornar a própria vida uma obra de arte.
Mas, a pergunta que o filme traz já logo nos situa numa incoerência: transformar em arte o passado, c'est très facile - é a vida presente que nos dá glorioso trabalho.
Para além de notas críticas, filosóficas ou poéticas, ir ao cinema assistir ao filme, para mim, seria uma ótima dica a dar ao leitor. Despertou-me novamente a sensação de frescor das grandes leituras, das grandes pinturas.... e da vida dos grandes artistas.
Agora, quão importante a fantasia de cada um...
Assista ao filme.