Em 24/04/2013, apresentei na Faculdade Pitágoras de Betim
um comentário sobre "Arquitetura da Destruição", documentário com
direção de Peter Cohen e película que alçou ao patamar de obra-prima no mundo
cinematográfico, além de apresentar um tom crítico bastante particular.
Com a tese de os nazistas teriam
assumido para si a responsabilidade de erradicar quaisquer ameaças que
afligissem a sociedade ocidental, seu objetivo era: "purificada e
preservada da decadência, uma nova Alemanha surgiria mais forte e muito mais bonita".
Alguns aspectos foram delineados ao
pensar sobre o filme:
O contexto de análises realizadas
sobre as personalidades dos envolvidos nos massacres ocorridos nos campos de
concentração após a 2ª Grande Guerra apontou para uma tentativa de diagnosticar
os que executaram ordem vinda das altas hierarquias do regime hitlerista,
mas será que essa situação é de ordem diagnóstica?; a
"banalização do mal" e a maldade humana disfarçada por uma
questão da burocracia da ordem fica explícita na "engenharia social"
da homogeneização forçada, da eugenia e do higienismo; remeter toda a maldade existente na
cultura humana seria uma forma de não nos responsabilizarmos por ela; Simone Pinho Ribeiro (2009): Jacques
Lacan, na "Proposição de 9 de outubro de 1967 sobre o psicanalista na
Escola" (2003), chama a atenção para três pontos, a saber, uma escola de
formação em psicanálise hierarquizada, o Complexo de Édipo e os campos de concentração; a
entrada no campo de concentração provoca um esvaziamento da subjetividade; vai-se construindo uma nova forma de
biopoder; Lacan, a imposição da igualdade, os mercados e o campo de
concentração; o gozo, o consumo e a segregação.