Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as cousas humanas postas desta maneira.
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seria melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as cousas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as cousas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!
Poema de Alberto CaeiroPintura: "Operários", de Tarsila do Amaral.
2 comentários:
Querer o bem para os outros e para o mundo pode ser um grande equívoco. Bjs
Amo essa tela.
Ao vivo é tãooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo cheia de cor e de gentes. Tão anônima e tão viva...
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