segunda-feira, julho 18, 2011

Quantas auroras...


Ontem me dei conta de como alguns programas na TV têm mostrado o quanto ainda nos questionamos se fazemos ou não parte da natureza. Há dois tipos de discursos envolvidos e dois motes para o surgimento deles. Se a emissora quer encerrar bem o dia, fazemos parte da natureza: esportes radicais são mostrados (normalmente não são praticados in door); passeios ecológicos querem "trazer o homem de volta ao contato com a natureza", etc. Se quer colocar a culpa dos problemas no mundo: "o aquecimento global é culpa do homem e prejudica a natureza", não fazemos parte dela e só queremos acabar com ela; quando a agressividade vem à tona, o agressivo tem a mente doentia, pois o homem é diferenciado, já que a construção de uma civilização serviu para acabar com a barbárie e com a desrazão. No final das contas, é a humanidade querendo tornar a terra proveitosa para ela mesma...

O velho Freud já tinha atentado para isso há muito tempo. Em O mal-estar na Cultura, ele já escrevia: "Nunca dominaremos completamente a natureza, e nosso organismo, ele mesmo parte dessa natureza, será sempre uma construção transitória, limitada em adequação e desempenho".

O que estamos querendo?

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